À doce senhora
Seu olhar é o futuro
Orgulho lapidado
Em semelhança
Grande matriarca
Idênticos olhos
Memórias do passado
Visão do amanhã
Identidade partilhada
Nobre princípio
Árvore da vida
A qual pertences
Velho traço
Faz a gente
À moda antiga
Tal qual a velha cantiga
De ninar seus sonhos
Na voz dela
Gravado em sua mente
Constrói-se sólido
Molde invisível
Do jeito de observar
À eternidade
Ela arquiva
O segredo de seus olhos
Molecagens veladas
Registros de sua infância
Dela vem
Conselhos de berço
Tradição carregada no peito
O sutil olhar
que lhe zela.
Todo incentivo.
Na menor suspeita
de sua vitória
Olhos cúmplices
Incomensurável afeto
Que dobram a filha
Para satisfazer o neto
Diretriz que passa
Sua visão infalível
Um misto do vivido
E teimosia do tempo
O olhar torto
Para um que outro ponto
Que difere você
De todo gene
Espiado sorriso
De quem,vaidosa
Destorce o nariz
Em seus acertos
Ainda que já longe
Da indefectível ótica
Do olhar dela.
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